quarta-feira, 24 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Dai a Deus o que é de Deus
O que eu chamo de pecado original, é a raiz de todos os pecados. A essência do pecado que ocorreu no Éden, foi que pela primeira vez o homem tomou a frente em sua vida.
Antes, Deus dizia o que era bom, o que era certo e o que era errado. A vontade de Deus era tão suprema, que nem se falava em vontade humana. O pecado de Adão e Eva foi pensar que Deus poderia estar mentindo, que Deus não sabia o que era bom para eles, e então o homem decide tomar as rédeas de sua vida e dizer por si mesmo o que era bom ou não para eles.
É este pensamento que todo pecado carrega em sua essência, e é isto que tornou o mundo amaldiçoado. Em toda sua história a humanidade vive conflitos, pois, queremos definir o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado. Entramos em parafuso e nos contradizemos.
Prova disso é a onda politicamente correta que vivemos principalmente no Brasil, mas que é fútil e cercada de segundas intenções. O orgulho gay, por exemplo, defende a homossexualidade, mas é um tanto quanto agressiva com o hétero. O feminismo é outro caso, onde acabam com o machismo, mas impõem um movimento igualmente agressivo e preconceituoso.
Mesmo nós cristãos, compartilhamos desta visão. Difícilmente se encontra um cristão que não abdique de sua verdade, de sua opinião. Geralmente observamos o declínio de uma igreja, quando ela começa a pregar a sua doutrina, como única forma de salvação. Esta soberba é acompanhada de agressividade para com as outras doutrinas.
O fato ocorrido no Éden foi exatamente esta tentativa do homem dizer para Deus o que é certo e o que é errado. A perda da fé em sua essência. O homem deixou de confiar em Deus, pois, duvidou de que morreriam caso comessem o fruto. Diante desta perda de fé, Deus nos afasta da presença dEle, até que tenhamos fé novamente.
Para falar a visão bíblica sobre isto, usarei o texto de Marcos 12:14-17
Muita gente cita este texto para exemplificar como Jesus quer que lidemos com o dinheiro. Mas esta é a lição mais sutil deste texto. Vejam que Jesus pergunta algo muito revelador: "De quem é esta imagem e inscrição?". O que define a propriedade e/ou criação das coisas, é a imagem gravada no objeto, a marca. Todo produto tem sua marca. Está gravado a quem pertence, ou quem o fez. A imagem de um denário é a de Cesar. Agora reparem neste texto de Genesis 1:26 e 27
Nós pertencemos a Deus, a imagem gravada em nós é a dEle. Portanto, quando Jesus diz para darmos a Deus o que é de Deus, Ele não está se referindo ao seu tempo, ao seu domingo, a sua gratidão, ao seu pensamento, ou a penitências, orações, pedidos, louvores, etc. Ele está se referindo a você! Você e sua vida toda, suas decisões, sua vontade...tudo pertence a Deus.
O resgate do pecado original, significa voltarmos à vontade de Deus, a confiança no caráter de Deus e que tudo que Ele disser é para nosso bem. Ainda que para nós pareça mal. Este é o resgate da fé. Do que permite o relacionamento do homem com Deus ser restabelecido, a reconstrução do Éden, a reconstrução do paraíso.
Precisamos reconhecer que não sabemos nada e que Deus é o único capaz de definir o certo e o errado. O parâmetro é Deus e não nós. Independente do que conhecemos de Deus, o parâmetro, não é o que conhecemos, mas sim quem Deus é, e vai muito além do nosso conhecimento.
Parecia mal, por exemplo, que os amigos de Daniel não se ajoelhassem diante da estátua. Era óbvio que seriam mortos, mas a vontade de Deus era má? Não, era boa, e Deus os honrou. Deus foi mal por permitir que os irmãos de José o odiassem e tentassem mata-lo? Não, Deus providenciou que ele fosse vendido para os egipcios, assim nao morreria. Mas é ruim ele ter sido vendido? Não, Deus tinha um plano para tudo isso, assim como para a vida de Jó, e tantos outros personagens bíblicos.
Todas essas histórias nos mostram que onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pois quando o diabo tentou o mal contra os servos do Deus vivo, Deus os livrou e mudou a história deles. José reconhece isto no final da história. Perdoa seus irmãos dizendo que apesar de tentarem o mau contra Ele, Deus assim permitiu, pois, tinha um plano muito maior do que tudo isso.
Pois então, entregue sua vida nas mãos de Deus. Pare de se queixar pelos momentos que parecem maus. Em tudo dai graças e ouça a voz de Deus a cada passo. Buscai primeiro o reino de Deus, e as demais coisas vos serão acrescentadas. Entrega o teu caminho ao Senhor, e o mais Ele fará.
Graça e Paz
Carlos Zillner
Antes, Deus dizia o que era bom, o que era certo e o que era errado. A vontade de Deus era tão suprema, que nem se falava em vontade humana. O pecado de Adão e Eva foi pensar que Deus poderia estar mentindo, que Deus não sabia o que era bom para eles, e então o homem decide tomar as rédeas de sua vida e dizer por si mesmo o que era bom ou não para eles.
É este pensamento que todo pecado carrega em sua essência, e é isto que tornou o mundo amaldiçoado. Em toda sua história a humanidade vive conflitos, pois, queremos definir o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado. Entramos em parafuso e nos contradizemos.
Prova disso é a onda politicamente correta que vivemos principalmente no Brasil, mas que é fútil e cercada de segundas intenções. O orgulho gay, por exemplo, defende a homossexualidade, mas é um tanto quanto agressiva com o hétero. O feminismo é outro caso, onde acabam com o machismo, mas impõem um movimento igualmente agressivo e preconceituoso.
Mesmo nós cristãos, compartilhamos desta visão. Difícilmente se encontra um cristão que não abdique de sua verdade, de sua opinião. Geralmente observamos o declínio de uma igreja, quando ela começa a pregar a sua doutrina, como única forma de salvação. Esta soberba é acompanhada de agressividade para com as outras doutrinas.
O fato ocorrido no Éden foi exatamente esta tentativa do homem dizer para Deus o que é certo e o que é errado. A perda da fé em sua essência. O homem deixou de confiar em Deus, pois, duvidou de que morreriam caso comessem o fruto. Diante desta perda de fé, Deus nos afasta da presença dEle, até que tenhamos fé novamente.
Para falar a visão bíblica sobre isto, usarei o texto de Marcos 12:14-17
14 E, chegando eles, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos?15 Então ele, conhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que a veja.16 E eles lha trouxeram. E disse-lhes: De quem é esta imagem e inscrição? E eles lhe disseram: De César.17 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele.
Muita gente cita este texto para exemplificar como Jesus quer que lidemos com o dinheiro. Mas esta é a lição mais sutil deste texto. Vejam que Jesus pergunta algo muito revelador: "De quem é esta imagem e inscrição?". O que define a propriedade e/ou criação das coisas, é a imagem gravada no objeto, a marca. Todo produto tem sua marca. Está gravado a quem pertence, ou quem o fez. A imagem de um denário é a de Cesar. Agora reparem neste texto de Genesis 1:26 e 27
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
27 E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.Se compro um carro da Honda, ainda que eu seja o proprietário, quem possui responsabilidade sobre aquele produto é a Honda. Caso descubram alguma falha grave, eles farão um recall. Todo e qualquer produto que eu compre, qualquer problema que este produto tiver, a responsabilidade será do fabricante. O que nos faz pensar que a marca define a responsabilidade. A imagem define a quem o objeto realmente pertence.
Nós pertencemos a Deus, a imagem gravada em nós é a dEle. Portanto, quando Jesus diz para darmos a Deus o que é de Deus, Ele não está se referindo ao seu tempo, ao seu domingo, a sua gratidão, ao seu pensamento, ou a penitências, orações, pedidos, louvores, etc. Ele está se referindo a você! Você e sua vida toda, suas decisões, sua vontade...tudo pertence a Deus.
O resgate do pecado original, significa voltarmos à vontade de Deus, a confiança no caráter de Deus e que tudo que Ele disser é para nosso bem. Ainda que para nós pareça mal. Este é o resgate da fé. Do que permite o relacionamento do homem com Deus ser restabelecido, a reconstrução do Éden, a reconstrução do paraíso.
Precisamos reconhecer que não sabemos nada e que Deus é o único capaz de definir o certo e o errado. O parâmetro é Deus e não nós. Independente do que conhecemos de Deus, o parâmetro, não é o que conhecemos, mas sim quem Deus é, e vai muito além do nosso conhecimento.
Parecia mal, por exemplo, que os amigos de Daniel não se ajoelhassem diante da estátua. Era óbvio que seriam mortos, mas a vontade de Deus era má? Não, era boa, e Deus os honrou. Deus foi mal por permitir que os irmãos de José o odiassem e tentassem mata-lo? Não, Deus providenciou que ele fosse vendido para os egipcios, assim nao morreria. Mas é ruim ele ter sido vendido? Não, Deus tinha um plano para tudo isso, assim como para a vida de Jó, e tantos outros personagens bíblicos.
Todas essas histórias nos mostram que onde abundou o pecado, superabundou a graça. Pois quando o diabo tentou o mal contra os servos do Deus vivo, Deus os livrou e mudou a história deles. José reconhece isto no final da história. Perdoa seus irmãos dizendo que apesar de tentarem o mau contra Ele, Deus assim permitiu, pois, tinha um plano muito maior do que tudo isso.
Pois então, entregue sua vida nas mãos de Deus. Pare de se queixar pelos momentos que parecem maus. Em tudo dai graças e ouça a voz de Deus a cada passo. Buscai primeiro o reino de Deus, e as demais coisas vos serão acrescentadas. Entrega o teu caminho ao Senhor, e o mais Ele fará.
Graça e Paz
Carlos Zillner
sábado, 30 de julho de 2011
O problema não é meu?
Como era de se esperar, e como todo o resto da humanidade faz, os cristãos também tem seus mecanismos de defesa. Ou sempre estamos jogando panos quentes nas situações, ou então arrumamos alguma forma de dizer que "o problema não é meu".
Estava relendo alguns artigos e me deparei com um desses mecanismos de defesa. Veja que ao criticar algumas coisas da igreja ao longo de sua história, certo visitante comenta - O problema não é da igreja em si, mas sim das pessoas que a representam.
Essa desculpa é bem esfarrapada e muito utilizada. Oras... se o problema não é da igreja em si (que inevitavelmente é composta por pessoas, senão não seria igreja), então o problema é de quem? O problema da corrupção dos políticos Brasil não é dos partidos em si, o problema da tv ter um lixo de programação, não é da tv em si.... será que não?
Alguns podem argumentar, que o político é corrupto por opção pessoal, a tv só passa lixo porque as pessoas que assistem querem ver lixo... mas será que é mesmo? Dizer isso, é dizer que nem os partidos, nem os canais de televisão, nem as igrejas - tem responsabilidade alguma sobre o que seus participantes fazem.
Eu costumo pensar que ainda que outros deem motivos, se você faz algo errado, a responsabilidade é sua. Se os canais de tv decidissem passar o que é bom, não teriamos uma programação lixo. Se os partidos e ministérios do governo combatessem realmente a corrupção, não teríamos tantos corruptos.
A igreja em si, sem pessoas não é igreja, e se o problema é das pessoas e não da igreja.... da até preguiça de explicar...rs. Tudo nesse mundo é formado por pessoas, e a responsabilidade é de pessoas. A igreja é culpada sim pelos seus erros e deve reverte-los o quanto antes.
Faz pelo menos 19 séculos que desviamos do evangelho autêntico. No catolicismo tivemos miscigenação religiosa dês do século 2. As cruzadas foram verdadeiras carnificinas que mataram inclusive cristãos por interesses políticos, com a desculpa religiosa. A inquisição, a venda de indulgências... tudo isso é acusado nos católicos, o protestante fez também só que espiritualmente falando. Quantas igrejas não vendem indulgências hoje? E quanta carnificina não é feita com a fé de seus membros?
A culpa é nossa, o problema é nosso, e se você não quer assumir isso, saia da igreja, pois, se quem ficar é quem assume, conseguiremos arrumar. O problema é meu, a culpa é minha!
Deus tenha misericórdia de nós
Carlos Zillner
Estava relendo alguns artigos e me deparei com um desses mecanismos de defesa. Veja que ao criticar algumas coisas da igreja ao longo de sua história, certo visitante comenta - O problema não é da igreja em si, mas sim das pessoas que a representam.
Essa desculpa é bem esfarrapada e muito utilizada. Oras... se o problema não é da igreja em si (que inevitavelmente é composta por pessoas, senão não seria igreja), então o problema é de quem? O problema da corrupção dos políticos Brasil não é dos partidos em si, o problema da tv ter um lixo de programação, não é da tv em si.... será que não?
Alguns podem argumentar, que o político é corrupto por opção pessoal, a tv só passa lixo porque as pessoas que assistem querem ver lixo... mas será que é mesmo? Dizer isso, é dizer que nem os partidos, nem os canais de televisão, nem as igrejas - tem responsabilidade alguma sobre o que seus participantes fazem.
Eu costumo pensar que ainda que outros deem motivos, se você faz algo errado, a responsabilidade é sua. Se os canais de tv decidissem passar o que é bom, não teriamos uma programação lixo. Se os partidos e ministérios do governo combatessem realmente a corrupção, não teríamos tantos corruptos.
A igreja em si, sem pessoas não é igreja, e se o problema é das pessoas e não da igreja.... da até preguiça de explicar...rs. Tudo nesse mundo é formado por pessoas, e a responsabilidade é de pessoas. A igreja é culpada sim pelos seus erros e deve reverte-los o quanto antes.
Faz pelo menos 19 séculos que desviamos do evangelho autêntico. No catolicismo tivemos miscigenação religiosa dês do século 2. As cruzadas foram verdadeiras carnificinas que mataram inclusive cristãos por interesses políticos, com a desculpa religiosa. A inquisição, a venda de indulgências... tudo isso é acusado nos católicos, o protestante fez também só que espiritualmente falando. Quantas igrejas não vendem indulgências hoje? E quanta carnificina não é feita com a fé de seus membros?
A culpa é nossa, o problema é nosso, e se você não quer assumir isso, saia da igreja, pois, se quem ficar é quem assume, conseguiremos arrumar. O problema é meu, a culpa é minha!
Deus tenha misericórdia de nós
Carlos Zillner
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A boa nova que não é pregada
O que é mesmo a boa nova? Alguns vão pensar muito para responder esta pergunta. A maioria dos evangélicos brasileiros nem saberão a resposta correta, seus cultos se resumem a ensinamentos de que somos vitoriosos, mas não ensina o que Cristo é. Os tradicionais por sua vez responderão na lata. A boa nova é que Jesus morreu pelos nossos pecados. Ah... legal... ele morreu, mas e daí? O que tem de bom você dizer que uma pessoa morreu? No mundo do politicamente correto, você será visto como os cristãos do primeiro século, que eram acusados de serem canibais, pois, diziam comer o corpo de Cristo e beber seu sangue.
Diante desta situação, penso. O mundo está acabando, Jesus está voltando e nós estamos plantando igrejas, ensinando o mundo a sofrer. Nós montamos nossos templos no mundo todo, ensinando a viver do nosso jeito e ensinando nossa doutrina humana. Levamos 20 anos para plantar uma igrejinha de 100 membros num país distante, enquanto deveríamos sair sem nada e apenas contar para o mundo a verdadeira boa nova. Não precisa nem deixar seu trabalho, sua terra, basta pregar a boa nova. Mostrar a graça de Deus ao mundo e que o nosso fardo não precisa mais ser carregado.
Pelo menos o mundo mudou um pouco. Agora temos duas grandes vertentes do evangelho. Antigamente só se pregava o evangelho terrorista: "Aceita a Jesus ou vai pro inferno!". Hoje pregamos também o evangelho do papai noel: "Aceita a Jesus e seja um bom menino que ele te dá: um carro, um emprego, uma casa, etc.". Não sei o que é pior, vou ousar criticar mais a primeira, pois, a segunda é tão obviamente errada, que penso não precisar.
Então vamos lá, se eu aceito a Jesus porque não quero ir para o inferno, estou barganhando com Deus. Meu coração não se converteu a Cristo, eu não compreendi a graça de Deus, não retirei o fardo de minhas costas, não nasci denovo. Mas eu não quero ir pro inferno, então vivo enganado, pensando que sou cristão e indo na igreja, cumprindo religiosamente minhas responsabilidades em meus ministérios.
Fico tentando não pecar, quando peco me entristeço, me martirizo, ofereço holocaustos a Deus, até conseguir ir num culto que o pastor ou líder me faça chorar pra caramba, ou rir que nem um tolo, com experiências emocionais que me faz pensar que vi a manifestação sobrenatural de Deus. Saio do culto extasiado! Ahhhhh...... que delícia.... aprendi a ser vitorioso. Aprendi que Deus se preocupa comigo, e vai fazer o mundo ser como eu quero........egoismo alimentado pela religião. Ai viro um moralista de primeira, apontando o dedo para todo mundo que erra, até eu perceber que eu também erro, e volto então ao estado de me entristecer, me martirizar, oferecer holocaustos...
A vida evangélica é um ciclo. Alguns permanecem nele por décadas. Mas infelizmente não conhecem a graça de Deus e é por isso que Jesus fala que muitos fizeram milagres em seu nome e pensam o conhecer, mas no fim dos tempos Ele dirá: "Te conheço?".
Creio que está chegando o tempo da lição da figueira.
Graça e Paz
Carlos Zillner
Afinal de contas, qual é a grande sacada da boa nova? O que é tão bom assim? "Poxa, eu tenho um pouco mais de entendimento e entendo que a morte de Cristo pelos meus pecados, é meu passaporte para o céu. Ele morreu para que meus pecados fossem pagos e eu pudesse ir pro céu. O pastor me perguntou: você quer ir para o céu com Deus ou queimar no inferno? Ai eu respondi: quero ir pro céu (Duh!)."
Nossa evangelização é tão idiota! Apenas pessoas totalmente descrentes dizem preferir ir pro inferno, pois, lá terá mulheres, cerveja e tudo que eles acham bom nesse mundo. Mas qualquer um que tema um pouquinho a Deus, escolhe céu, por isso começa a ir na igreja. Mas até ai, o que existe de salvação nessa história? A boa nova fez algum efeito? Ela foi realmente pregada?
Acredito que não. A boa nova é o retirar de um fardo. Jesus morreu na cruz por mim, mas o que isso realmente significa? Significa que fui justificado, me tornei santo e justo em Cristo Jesus. Todo pecado que cometi e cometerei é como se não existisse para Deus. Então quando peco, não preciso mais viver entristecido porque falhei denovo, porque não fui capaz de ser perfeito. O perdão de meus pecados significa que ainda que erre, posso viver intensamente feliz, pois, estou justificado antes mesmo de pecar e não preciso mais carregar o fardo dos meus erros.
Os crentes vivem num mundo de lamentação. O evangelho pregado é o evangelho do choro, onde Deus precisa me perdoar constantemente, e o sacrifício de Cristo, de nada vale. O que importa é que eu pequei denovo e estou triste, pois, sou um falso humilde que olha para meu umbigo e diz...como eu sou falho. Nos vestimos da carapuça de tristeza e mostramos que estamos em busca do perdão de Deus. O engraçado é escrever isso e lembrar da cara de tristeza da Ana Paula Valadão...hehe.
Penso que Jesus as vezes tem vontade de dar uns tapas na nossa cara e falar:
- Cara! Acorda! É boa nova! O que você está chorando? Porque está sofrendo? Eu sou o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA. A VERDADE vos libertará, de todo pecado, injustiça, sofrimento, etc, etc, etc.
Outra questão religiosa que erramos e louvamos ao diabo, é a cultura de que devemos ficar tristes na santa ceia, pois, devemos lembrar do sofrimento de Cristo na cruz, que foi culpa minha. A bíblia nunca fala da morte de Cristo como motivo de me sentir culpado, e sim de me sentir liberto do pecado. Devo ficar feliz, tanto que a santa ceia é momento de comunhão, do partir do pão, ou pelo menos deveria ser. Hoje em dia temos tudo mais moderno, é mais fácil pegar um "dadinho" de pão e um copinho menor que o de pinga pra falar que estou em comunhão. Difícil é viver junto, sentar junto, repartir, pegar as bactérias da mão do próximo, ama-lo, ouvi-lo, suporta-lo e ficar feliz, porque Cristo nos permite viver e crescer em comunhão.
Como o pastor da igreja que tenho ido diz, quando oramos a Deus entristecidos pedindo perdão pelos nossos pecados, estamos dizendo a Deus que não cremos no sacrifício de Cristo. Como José que havia perdoado seus irmãos no Egito, por terem lhe vendido, e seus irmãos não acreditaram no seu perdão e temiam sentar-se a mesa com ele.
Imaginem, Cristo ressucita e então a bíblia relata várias vezes que está consumado e não precisaremos mais oferecer holocaustos por nossos pecados. Ou seja, Cristo chega para nós e fala:
- Não se preocupa não, eu já te perdoei de tudo que fez, e o que ainda não fez. Apenas me siga.
Nós respondemos:
- Me perdoa senhor!
Jesus torna a dizer:
- Meu! Que que você não entendeu? Eu falei que ta tudo certo! Não esquenta a cabeça não.
E nós:
- Óh Senhor Jesus! Me perdoa! Sou um pecador!
Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. Oséias 6:6
Diante desta situação, penso. O mundo está acabando, Jesus está voltando e nós estamos plantando igrejas, ensinando o mundo a sofrer. Nós montamos nossos templos no mundo todo, ensinando a viver do nosso jeito e ensinando nossa doutrina humana. Levamos 20 anos para plantar uma igrejinha de 100 membros num país distante, enquanto deveríamos sair sem nada e apenas contar para o mundo a verdadeira boa nova. Não precisa nem deixar seu trabalho, sua terra, basta pregar a boa nova. Mostrar a graça de Deus ao mundo e que o nosso fardo não precisa mais ser carregado.
Pelo menos o mundo mudou um pouco. Agora temos duas grandes vertentes do evangelho. Antigamente só se pregava o evangelho terrorista: "Aceita a Jesus ou vai pro inferno!". Hoje pregamos também o evangelho do papai noel: "Aceita a Jesus e seja um bom menino que ele te dá: um carro, um emprego, uma casa, etc.". Não sei o que é pior, vou ousar criticar mais a primeira, pois, a segunda é tão obviamente errada, que penso não precisar.
Então vamos lá, se eu aceito a Jesus porque não quero ir para o inferno, estou barganhando com Deus. Meu coração não se converteu a Cristo, eu não compreendi a graça de Deus, não retirei o fardo de minhas costas, não nasci denovo. Mas eu não quero ir pro inferno, então vivo enganado, pensando que sou cristão e indo na igreja, cumprindo religiosamente minhas responsabilidades em meus ministérios.
Fico tentando não pecar, quando peco me entristeço, me martirizo, ofereço holocaustos a Deus, até conseguir ir num culto que o pastor ou líder me faça chorar pra caramba, ou rir que nem um tolo, com experiências emocionais que me faz pensar que vi a manifestação sobrenatural de Deus. Saio do culto extasiado! Ahhhhh...... que delícia.... aprendi a ser vitorioso. Aprendi que Deus se preocupa comigo, e vai fazer o mundo ser como eu quero........egoismo alimentado pela religião. Ai viro um moralista de primeira, apontando o dedo para todo mundo que erra, até eu perceber que eu também erro, e volto então ao estado de me entristecer, me martirizar, oferecer holocaustos...
A vida evangélica é um ciclo. Alguns permanecem nele por décadas. Mas infelizmente não conhecem a graça de Deus e é por isso que Jesus fala que muitos fizeram milagres em seu nome e pensam o conhecer, mas no fim dos tempos Ele dirá: "Te conheço?".
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7:21-23
Creio que está chegando o tempo da lição da figueira.
"Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo." (Mateus 24-32)Creio que a igreja acordará nas próximas décadas, e veremos uma dose de verdadeiro evangelho surgir e sinalizar que a vinda de Cristo está próxima. Não sou apenas eu que estou gritando acerca de nossos desvios e chamando para o verdadeiro evangelho. Existem muitas vozes clamando do deserto. Este blog por exemplo, é um deserto só...haha. Por isso creia! Divulgue a verdadeira boa nova! Cristo está voltando, não será em 2012, mas não acredito que passe muito deste século. Pare de chamar as pessoas para irem a sua igreja. Igreja não salva nada! Pregue a boa nova e faça com que as pessoas conheçam a Cristo. Leia a bíblia ardentemente, faça pontos de pregação em sua casa, em seu trabalho, seja humano com as pessoas, nunca superior, sempre servindo, sempre lavando os pés dos que irão te trair no dia seguinte.
Graça e Paz
Carlos Zillner
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Amor: decisão, entrega e sacrifício
Já faz um certo tempo que tenho pensado em escrever sobre o amor. Existe muito pano pra essa manga, mas vou me atentar a uma visão que me veio num dia de devaneios cristocêntricos.
Para mim o versículo que expressa de forma mais sintetizada o que é amor é o de João 3:16
Deste versículo retirei 3 características do ato de amar.
Primeiro o amor exige decisão. Antes mesmo de sermos criados, Deus decidiu por nós. É decisão, pois, não se cria algo que sabe-se que se perderá, ao mesmo tempo que não se decide sacrificar o próprio filho por esta criação sem antes cria-la.
Segundo o amor exige entrega, pois, Deus amou o mundo de tal maneira, que entregou seu filho.
Terceiro o amor exige sacrifício. É por isso que Jesus muda a lei. Jesus diz que os antepassados sabiam que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Jesus ensina um novo mandamento, para que amassemos ao nosso próximo como Ele nos amou. Logo exige decisão, entrega e sacrifício.
Tenho tentado viver isto em todas as dimensões do amor, pois, creio que o amor é amor em qualquer âmbito. Podemos chama-lo de ágape, filos ou eros. Mas uma coisa não muda na tradução dessas palavras, e é a palavrinha "amor". Amor de Deus, amor de amigo e amor erótico. Todos são amor e em minha humilde opinião exigem essas três características.
Graça e Paz
Para mim o versículo que expressa de forma mais sintetizada o que é amor é o de João 3:16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.Para quem já está afiado no assunto da graça por exemplo, sabe que o sacrifício de Cristo aconteceu antes mesmo da criação do mundo, mas culminou na história na cruz. O sacrifício é pré-criação, pois, sem o sacrifício não teríamos sido criados. Podemos nos aprofundar nesta questão se os comentários exigirem isto. Por aqui quero deixar o enfoque que me chamou a atenção.
Deste versículo retirei 3 características do ato de amar.
Primeiro o amor exige decisão. Antes mesmo de sermos criados, Deus decidiu por nós. É decisão, pois, não se cria algo que sabe-se que se perderá, ao mesmo tempo que não se decide sacrificar o próprio filho por esta criação sem antes cria-la.
Segundo o amor exige entrega, pois, Deus amou o mundo de tal maneira, que entregou seu filho.
Terceiro o amor exige sacrifício. É por isso que Jesus muda a lei. Jesus diz que os antepassados sabiam que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Jesus ensina um novo mandamento, para que amassemos ao nosso próximo como Ele nos amou. Logo exige decisão, entrega e sacrifício.
Tenho tentado viver isto em todas as dimensões do amor, pois, creio que o amor é amor em qualquer âmbito. Podemos chama-lo de ágape, filos ou eros. Mas uma coisa não muda na tradução dessas palavras, e é a palavrinha "amor". Amor de Deus, amor de amigo e amor erótico. Todos são amor e em minha humilde opinião exigem essas três características.
Graça e Paz
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Prioridades
No púlpito um pastor informa as prioridades da sua denominação, os resultados da reunião com os demais pastores e o presidente da organização:
-Irmãos, queremos restaurar o mundo, por isso agora todas as igrejas tem uma nova prioridade... MONTAR MAIS IGREJAS!
Isso é tão comum, que enoja.
Infelizmente, as necessidades das denominações se resumem simplesmente em montar mais igrejas. Nada mais, nada menos. Infectar o mundo com suas posições. Para que todas as comunidades sejam marcadas por suas doutrinas.
Já não importa o pobre, importa o templo. Não importa a fome da comunidade, importa o púlpito que comporta a melhor banda e o melhor esquema de som.
A igreja deve se preocupar com o espírito, o governo com a sociedade. Traçamos até onde iremos, ficamos com o mais fácil. Deixamos de lado o que é mais difícil.
Dentro do templo adoramos de mãos erguidas ao céus e olhos fechados.
Olhos que não podem ver as necessidades do outro. Olhos que não podem ver a tristeza do outro. E se em algum momento o percebem, são fechados para uma oração pelo vizinho, e somente isso!
Todos os problemas devem ficar fora do templo, pois diante de Deus não podemos estar tristes.
MENTIRA! BALELA! FALSIDADE!
Pois Deus é Deus dos tristes, Deus é Deus da humanidade. Sou humano quando reconheço que estou triste, sou humano quando reconheço a tristeza do outro.
SOU HUMANO, QUANDO ACEITO QUE SOU HUMANO DO JEITO QUE EU SOU... SEM MÁSCARAS!
Nossos templos devem priorizar a humanidade. Nossa adoração deve olhar para o mundo.
Não há prioridade maior de Deus, do que o homem.
A Missão a qual Deus nos convida a fazer parte, iniciada em Jesus, é para re-humanizar o homem. A nossa Missão é simplesmente lembrar que existe jeito de ser gente de verdade, e que Jesus é esse modelo. Perdemos nosso senso de amor a Deus, quando priorizamos templos ao invés de vidas.
Será que um dia seremos igreja de verdade e daremos prioridade a Missão de Deus, e não mais a templos e nossas denominações hipócritas?
Que Deus tenha misericórdia de nós.
-Irmãos, queremos restaurar o mundo, por isso agora todas as igrejas tem uma nova prioridade... MONTAR MAIS IGREJAS!
Isso é tão comum, que enoja.
Infelizmente, as necessidades das denominações se resumem simplesmente em montar mais igrejas. Nada mais, nada menos. Infectar o mundo com suas posições. Para que todas as comunidades sejam marcadas por suas doutrinas.
Já não importa o pobre, importa o templo. Não importa a fome da comunidade, importa o púlpito que comporta a melhor banda e o melhor esquema de som.
A igreja deve se preocupar com o espírito, o governo com a sociedade. Traçamos até onde iremos, ficamos com o mais fácil. Deixamos de lado o que é mais difícil.
Dentro do templo adoramos de mãos erguidas ao céus e olhos fechados.
Olhos que não podem ver as necessidades do outro. Olhos que não podem ver a tristeza do outro. E se em algum momento o percebem, são fechados para uma oração pelo vizinho, e somente isso!
Todos os problemas devem ficar fora do templo, pois diante de Deus não podemos estar tristes.
MENTIRA! BALELA! FALSIDADE!
Pois Deus é Deus dos tristes, Deus é Deus da humanidade. Sou humano quando reconheço que estou triste, sou humano quando reconheço a tristeza do outro.
SOU HUMANO, QUANDO ACEITO QUE SOU HUMANO DO JEITO QUE EU SOU... SEM MÁSCARAS!
Nossos templos devem priorizar a humanidade. Nossa adoração deve olhar para o mundo.
Não há prioridade maior de Deus, do que o homem.
A Missão a qual Deus nos convida a fazer parte, iniciada em Jesus, é para re-humanizar o homem. A nossa Missão é simplesmente lembrar que existe jeito de ser gente de verdade, e que Jesus é esse modelo. Perdemos nosso senso de amor a Deus, quando priorizamos templos ao invés de vidas.
Será que um dia seremos igreja de verdade e daremos prioridade a Missão de Deus, e não mais a templos e nossas denominações hipócritas?
Que Deus tenha misericórdia de nós.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Um convite Underground!
Nos últimos tempos temos observado o surgimento de inúmeras confissões religiosas. Igrejas com orientação para agir na vida do jovem seja com futebol, surf ou rock.
Comunidades que se denominam Underground, marginalizadas e diferente das igrejas institucionalizadas.
Mas de fato, são locais tão institucionalizadas como qualquer outro. Talvez não tenham que mandam um relatório de atividades pastorais no fim do mês, ou muito demonstrar a um colegiado superior os avanços da comunidade. Mas são institucionalizados no seu jeito de lidar com o cristianismo.
Gritam: "SEJAM BEM-VINDOS TODOS", mas pregam o constrangimento ao Homossexual, o inferno à prostituta, o não perdão ao assassino, ao exterminio do pedófilo, a perfeição para o pecador.
Gritam: "SEDE SANTOS" mas pregam uma forma de santidade que é buscável e alcançável por méritos humanos. Ser Santo é não fazer nada de errado. BALELA!
Santidade é aquilo que Jesus conquistou para nós. Eu posso me decidir viver em santidade como louvor a Ele, ou rejeitá-lo.
Essas comunidade Underground ainda pregam a diferença, mas se igualam no descuido ao meio ambiente, as necessidades de sua região e ao ser humano de forma integral.
Homem não é espírito, alma e corpo tricotomicamente separados. É ser vivente que come, pensa e adora a Deus.
De verdade, underground mesmo foi Jesus, que deu de louco, virou a mesa na templo e lutou para que o ser humano voltasse a ser visto como SER HUMANO, centro da vontade de Deus.
Voltemos a Jesus e entendamos que ser underground é ser DE VERDADE diferente, AGINDO na sociedade que nos cerca.
Comunidades que se denominam Underground, marginalizadas e diferente das igrejas institucionalizadas.
Mas de fato, são locais tão institucionalizadas como qualquer outro. Talvez não tenham que mandam um relatório de atividades pastorais no fim do mês, ou muito demonstrar a um colegiado superior os avanços da comunidade. Mas são institucionalizados no seu jeito de lidar com o cristianismo.
Gritam: "SEJAM BEM-VINDOS TODOS", mas pregam o constrangimento ao Homossexual, o inferno à prostituta, o não perdão ao assassino, ao exterminio do pedófilo, a perfeição para o pecador.
Gritam: "SEDE SANTOS" mas pregam uma forma de santidade que é buscável e alcançável por méritos humanos. Ser Santo é não fazer nada de errado. BALELA!
Santidade é aquilo que Jesus conquistou para nós. Eu posso me decidir viver em santidade como louvor a Ele, ou rejeitá-lo.
Essas comunidade Underground ainda pregam a diferença, mas se igualam no descuido ao meio ambiente, as necessidades de sua região e ao ser humano de forma integral.
Homem não é espírito, alma e corpo tricotomicamente separados. É ser vivente que come, pensa e adora a Deus.
De verdade, underground mesmo foi Jesus, que deu de louco, virou a mesa na templo e lutou para que o ser humano voltasse a ser visto como SER HUMANO, centro da vontade de Deus.
Voltemos a Jesus e entendamos que ser underground é ser DE VERDADE diferente, AGINDO na sociedade que nos cerca.
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