quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cura

Eu nunca postei nada do meu lado poeta neste blog. Mas esta música que certa vez eu fiz, a muitos anos atrás, é também uma oração. Oração que se repete.



Marcas Profundas

Medo, insônia. Me cura!
Paraiso escuro.
Me deixa, me tira, me cura.

Notícias de um jornal
A Memória, a sombra a culpa.
O sentimento tão banal.
O escárnio que fere, desculpa.

Me cura da vida,
Me cura da calma!
O uso da dor, do golpe
Que quebra a alma!

Como uma escultura!

O louco, o poeta delirante.
Memória da vida, ex cura, escura.
Paraiso distante.
Do rosto, do verbo, me mura.

O homem não tem estrutura,
Pro medo, pro ódio, pra cura.
O homem nao tem desculpa,
Pra culpa do medo,

Me cura.


Me cura da vida,
Me cura da calma!
O uso da dor, do golpe
Que quebra a alma!

Como uma escultura!

Um comentário:

  1. Muito linda....mais linda ainda quando vc canta de ohinhos fechados e eu te olho...mesmo que via web.
    Beijos,meu orgulhinhu!!! ^^

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