Após o ocorrido a faculdade expulsou a garota. Foi quando a mídia começou a dar atenção ao caso e tentaram de tudo para inocentar a garota. Ouvi argumentos como: "Isso é machismo!", "A lei maria da penha protege esta garota, deveria recorrer.", "As pessoas têm o direito de se vestir como quiser.", etc.
Este fato é ridículo e acho que não merece o ibope que está dando, mas uma situação me chamou a atenção. Caramba! Como os valores de nossa sociedade são invertidos! Estamos cheios de falso moralismo e politicagem. Está na moda ser politicamente correto e isso "ferra" com tudo! (não querendo baixar o nível do blog, mas achei legal usar o "ferra" neste caso hehe).
Em primeiro lugar estão inocentando a garota porque os alunos que a xingaram também erraram. Isso é absurdo! Não acho que ela deveria ser expulsa, mas deveriam impor uma regra para controlar um pouco as vestimentas das pessoas na faculdade, assim como fazem nas escolas. Faculdade é lugar de estudar e não de desfilar.
Com este meu argumento alguns dizem: "você é machista". Não, sinceramente não. Se fosse um cara de sunguinha causaria o mesmo alvoroço e ele seria chamado de Go Go Boy ou algo assim. O caso não é machismo ou feminismo, também não é tirar o direito que as pessoas têm de escolherem suas vestimentas. O caso é que temos de ter certas regras para termos uma boa convivência. Ninguém aprovaria uma mulher vestida assim numa creche, ninguém aprovaria um padre de sunguinha, existe uma preocupação quanto a moral para as crianças, pois é politicamente correto se preocupar com crianças, mas não existe a mesma preocupação com adultos, e adultos também carecem desta preocupação.
A grande maioria dos homens não conseguem se concentrar numa aula de cálculo com uma colega de classe mostrando a calcinha. Portanto deve-se proibir saias indecentes em instituições de ensino.
As pessoas fizeram algazarra, foram protestar, todo mundo tomou dores de um ou de outro lado. Chegaram ao cúmulo de ir pelados ou de roupas íntimas na faculdade para protestar. O que é totalmente contraditório, pois se podemos nos vestir como queremos, ou até mesmo ir para a faculdade pelados, então isso não é um protesto, é algo comum. Agora se isso é um protesto e não é algo comum, então não podemos ir como queremos para a faculdade. Assim como não podemos ir de forma indecente numa igreja, assim como somos barrados em algumas baladas de São Paulo se estivermos de bermuda ou camiseta.
A sociedade têm regras de bons costumes, a menina tem todo o direito de colocar seu microvestido, mas não tem o direito de entrar numa faculdade com ele, pois, o direito dela acaba quando começa o dos outros, e o meu direito de estudar concentrado seria infringido. O meu direito de ir para uma faculdade sem pensar em putaria e sem ter minha libido atiçada seria infringido. Não se trata de um maníaco por sexo, ela provocou isso! Provocar sexualmente pessoas em lugares que não são próprios para isso é errado, é pisar na moral.
Agora uma prova de que as pessoas querem é aparecer e serem politicamente corretos. Tanta coisa no Brasil que está errada e deveriam protestar, e os "certinhos" da classe média tiram a roupa pra defender a menina que usou microvestido, mas não tiram a roupa pelos que estão passando fome na rua, pelos que não tem o que vestir/comer/morar. Porque será que isso acontece? Será que é porque a menina da uniban da mais ibope? Será que a criança que morre de fome na rua, as crianças que se drogam (e pelo amor de Deus não as culpe por isso) não merecem o nosso apoio?
Relativizar o que é certo e o que é errado não é o caminho para construirmos uma sociedade decente. A faculdade expulsou a menina pois a confusão foi muito grande e isso os pressiona a tomar uma atitude. A mídia se sentiu no direito de resolver a questão, justificou o erro da menina com o erro dos colegas. Que tal culparmos a todos e aprendermos? Criarmos leis que normalizem a convivência de todos?
Última observação, dizer que a lei Maria da Penha protege a garota é um temendo absurdo, hein?!?!?! A lei maria da penha é contra a violência doméstica à mulher. Ela não foi violentada, embora houve ameaças (molecagem), ela foi vítima de uma desmoralização pública, apenas isso. Além do que ela provocou isso, ela sabia muito bem o que estava fazendo, depois ficou com medo pois a proporção foi muito maior do que ela esperava e chamou a polícia.
Pessoas! Vamos por pingos nos "is", não vamos justificar um erro com outro!
Graça e Paz!
Carlos Zillner