terça-feira, 19 de maio de 2009

As 10 frases mais cristãs de Mahatma Ghandi

Muitos dizem que ele era cristão, ele se auto-proclamava hindu, muçulmano, cristão, judeu e budista, pois, acreditava que todas as religiões levavam a Deus.

Concordando ou não, temos muito o que aprender com aquele que apesar de não ser cristão na cosmovisão protestante , foi muito mais cristão do que a maioria de nós.

1  "Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De fato, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a viver segundo os seus próprios ensinamentos."

2 "A única maneira de castigar quem se ama é sofrer em seu lugar."

3 "Amor e verdade são duas faces de Deus. A verdade é o fim, o amor, o caminho."

4 "Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma."

5 "A fé é uma função do coração. Deve ser imposta pela razão. As duas coisas não são antagônicas, como pensam algumas pessoas. Quanto mais intensa a fé, mais profunda se torna a razão. Quando a fé se torna cega, inevitavelmente morre."

6 "A liberdade não tem qualquer valor se não incluir a liberdade de errar."

7 "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens só porque são a lei, porque desobedecerei sempre que estiverem em conflito com a minha consciência. O vosso opressor poderá utilizar a violência para vos forçar a servi-lo. Direis a ele: Não obedecerei nem por dinheiro nem por ameaça. Isso poderá trazer sofrimentos. Mas vossa coragem acenderá a tocha da liberdade, que não mais poderá ser apagada."
8 "Você deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo."

9 "O fraco nunca pode perdoar. Perdão é um atributo dos fortes."

10 "Minha vida é minha mensagem."


Meditem...

Graça e Paz
Carlos Zillner

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pecado Original #2 - Declínio da humanidade

Não obtive nenhum feedback do outro post, nem sei se estão acompanhando, mas vamos lá... hehe desistir nunca. Não sou brahmeiro mas sou guerreiro :-D

Para quem ainda não leu a primeira parte clique aqui

"O que o homem fez durante toda sua história após a queda, é o que Adão e Eva fizeram após pecarem, tentamos fugir e nos esconder de Deus."
Cada tema dos que estou me propondo a abordar nesta sequência de posts, renderiam pelo menos 1 livro cada. Estou tentando enxugar os posts para ser mais rápido de se ler, motivar os que procuram acompanhar o blog, mas é difícil quando se trata de temas tão importantes. Então peço que tenham paciência com meu longo discurso.

Neste post venho debater sobre o declínio da humanidade, ou seja, o processo de fuga do homem, tentando esconder-se de Deus. Porque chamo isso de fuga? Simples... porque de Deus não se distancia, visto que nEle vivemos, nos movem
os e existimos. O que o homem fez durante toda sua história após a queda, é o que Adão e Eva fizeram após pecarem, tentamos fugir e nos esconder de Deus.

A mesma atitude se perpetuou, e o pensamento de que estamos distantes de Deus cravou-se em nossa mente. Portanto, deixamos de perceber Deus e de experimentar Deus no nosso dia-a-dia. O que nos faz dizer erroneamente que Deus se distancia do pecador ou que o pecador se distancia de Deus.

O declínio da humanidade começa em Adão e Eva, mas é impulsionada por Caim. É interessante como Deus se relaciona com o homem, fazendo-o pensar em suas atitudes quando peca. A pergunta para Adão foi: "Onde está você?", enquanto a pergunta para Caim foi: "Onde está seu irmão?".

Caim foi o primeiro assassino, o primeiro a experimentar o ato físico de odiar. Resultado de sua conversa com Deus foi sua fuga e tentativa de esconder-se de Deus. A bíblia diz que ele edificou uma cidade, bem longe dali. (Genesis 4)

Hoje, quem mora em grandes centros urbanos, sabe muito bem o que é esconder-se de Deus. São Paulo por exemplo é uma cidade onde o anonimato prevalece, onde a natureza não é vista, onde perde-se a noção de que existe um Deus criador, pois aqui a única coisa que Deus criou foi seres-humanos. De resto, tudo está encoberto.

A criação das cidades é exatamente isto, a tentativa de encobrir Deus e de criar um mundo segundo os anceios humanos. Você pode achar louca esta idéia e pensar: "O que o Carlos queria então? Que fosse tudo mato?". A bíblia responde a você que pode estar questionando esta idéia, quando diz que Deus criou um jardim. O sonho de Deus era que vivessemos e nos organizassemos no modelo do jardim, onde tecnologia e natureza convivem, onde o homem cria para facilitar sua vida, mas respeita o que já foi criado para proporcionar a vida.

Sem me extender muito no assunto, o declínio segue com o dilúvio, onde já existiam centros urbanos e a percepção de Deus já estava completamente abalada. As pessoas zombavam de Noé pois ele dizia falar com Deus. Em Babel o homem está num verdadeiro fundo do poço, pura ego, onde entende-se que sua capacidade criativa e tencológica podem superar a Deus, construindo uma torre que alcançaria os céus, superando toda e qualquer divindade que pudesse existir.

O que tudo indica é que se passara muito tempo até chegar neste ponto da história humana. Porém os registros são escassos, mas por termos cidades construídas, é possível que a própria história de Caim já seja algo muito além da era do Éden. Enfim... sigamos com o raciocínio. O que importa até aqui é que a humanidade chegou em extremos em seu pecado.

Deus então resolve escolher um povo e separá-lo, para dele trazer ao mundo o seu filho, o cordeiro imaculado. O pai deste p
ovo era um idólatra, carregava estatuetas consigo inclusive, seu nome era Abrão. Abrão foi um homem moldado por Deus e separado de fato, seu povo sofreria o mesmo processo. Com Moisés temos ainda um povo envolvido em idolatria, fato recorrente entre os hebreus. Era uma história de idas e vindas, ora o povo se arrependia e clamava a Deus, ora não, isso quando o povo não se arrependia mas seus representantes clamavam pro misericórdia.

Do período que compreende a queda, até a vinda de Cristo, penso que temos um agravamento do pecado, enraizado na humanidade. Mas ao mesmo tempo temos Deus dando sinais de seu cuidado e de que Ele estava mantendo a humanidade existindo apesar de seu pecado. Sempre com uma tentativa de resgate. Resgate de relacionamento entre homem e Deus. Religião significa exatamente isto, religar, reestabelecer um relacionamento com o Deus verdadeiro.

Neste contexto temos alguns pontos importantes que impedem a humanidade de ter uma aproximação rápida de Deus. 

"...toda a criação é sagrada por ser uma realização do próprio Deus, mas, após a queda, o homem passa a atribuir o sagrado a objetos feitos por si mesmo..."
Os 2 pontos levantados no post anterior: prepotencia humana em querer dizer o que é certo e errado e a necessidade de se ter objetos e acontecimentos palpáveis para definir o sagrado. O homem passa então a ver o sagrado como místico e não mais como algo que o rodeia. Em termos filosóficos toda a criação é sagrada por ser uma realização do próprio Deus, mas, após a queda, o homem passa a atribuir o sagrado a objetos feitos por si mesmo como: estátuas, lugares, templos, pessoas, cargos, lenços, calices, etc.

Outro ponto importante que vejo como impedimento da humanidade ter uma aproximação rápida de Deus é o conceito de fuga e "esconde-esconde" com Deus comentado neste mesmo texto.

Nas linhas desta história, existe um acontecimento que julgo de extrema importância para compreendermos nosso contexto atual de igreja. Este acontecimento está em 1 Samuel 8.

Peço a gentileza de que você leia este texto, clicando no link  1 Samuel 8, antes de prosseguir com a leitura do meu post.

O povo hebreu, até então, era o único povo, segundo o nosso conhecimento, permanecia numa teocracia que adorava ao Deus que se revelara como "Eu Sou". O restante também tinham teocracias e sociedades patriarcais com deuses próprios, mas não servos do "Eu Sou". Sabe-se que os maias tinham o conhecimento de um Deus único e criador de todas as coisas, mas este conhecimento era restrito aos líderes, praticando o monoteismo como uma religião de elite.

A teocracia é muito mal compreendida no consenso geral. Principalmente porque é a visão da maioria dos historiadores, portanto o que aprendemos nas escolas. A visão comum é que a teocracia é uma maneira de manipular o povo, o que de fato foi em muitos contextos. Cria-se uma divindade, diz-se o que a divindade exige de seu povo, com isso você controla costumes, conceitos, etc e abusa-se dos fiéis.

Os hebreus estavam num contexto que acredito ser a teocracia saudavel (pelo menos num período pré-messias), onde Deus falava por meio de profetas. Contexto que pode ser muito questionado e que corre riscos sérios de manipulação, como de fato tivemos alguns casos, mas que vemos Deus agindo e zelando pela justiça dos líderes que tentaram de alguma forma tirar proveito disso.

O fato é que o povo exige um rei, um líder, uma "encarnação do poder". Exige que se torne visível o que é invisível. O povo expressa sua carência por materializar a sua liderança, atribui o sagrado a uma pessoa, tida como pessoa ideal. Não apenas um representante da nação, mas também alguém que terá o poder de decidir pela nação.

Esta atitude machuca a Samuel, mas ai temos a grande prova de que o profeta não utilizava-se da teocracia para a manipulação do povo, que é o "passar o bastão" que Samuel tem de praticar. Deus dá razão para a tristeza de Samuel, diz que na verdade estavam rejeitando a Deus, mas que ele deveria fazer a vontade do povo, e que teriam consequências desta decisão.

Até este ponto, creio que é possível enxergar o retrato do declínio da humanidade e a tentativa de fuga que o homem pratica até os dias de hoje.

Espero que Deus tenha lhes dado paciência com o texto longo e que eu tenha escrito de modo a provoca-los a saber mais e prosseguir na leitura.

Em Cristo
Carlos Zillner


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Escravidão Não!

Venho interromper os assuntos teológicos, para um assunto sociológico.

Estou ajudando a divulgar a campanha Escravidão Não!

Hoje, dia 13 de maio, faz 121 anos que a lei aurea foi assinada. Porém ainda temos escravidão no Brasil.

No site você encontrará um link para o abaixo-assinado da PEC 438 que visa aumentar a pena para os escravagistas, tomando suas terras e distribuindo para a reforma agrária.

Escravidão Não! A campanha que suja suas mãos.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pecado Original #1 - Guerra de "eus"

Olá caros irmãos,

Começo neste post, uma série de 4 artigos sobre o pecado. Pretendo me atrever a abordar os seguintes temas:

Guerra de "eus" - uma tentativa da definição teológica do que é pecado e o que significou a queda.

Declínio da humanidade - falarei sobre a manifestação do pecado ao longo da história e como ele se repetiu durante a narrativa bíblica.

A culpa também é nossa - tentaremos alcançar as raízes mais profundas do pecado nas igrejas cristãs e mostrar que somos tão culpados quanto Adão ou qualquer outro personagem da história.

A resposta Divina - o próprio tema já diz, buscaremos qual foi a resposta que Deus deu para a queda da humanidade.

Para começar, vamos acompanhar dois trechos do texto de Genesis:

Gênesis 2:15-17

15 O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.
16 E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim,
17 mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".

Gênesis 3:1-9

1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: 'Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim'?"
2 Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim,
3 mas Deus disse: 'Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão' ".
4 Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão!
5 Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus serão conhecedores do bem e do mal".
6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
7 Os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; então juntaram folhas de figueira para cobrir-se.
8 Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.
9 Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você?"

Caros, o primeiro ponto que eu gostaria de chamar atenção é para a o conhecimento do bem e do mal. Este raciocínio, foi 80% inspirado numa mensagem do Ed René Kivitz sobre "O grande 'Eu Sou' e o pequeno 'eu'". *

Alguns pensadores, dizem que o homem antes da queda era apenas um fantoche, um "pau mandado". Antes da queda ele fazia apenas tudo que Deus queria e mandava, após a queda seus olhos se abriram e então ele passou a ver as diversas possibilidades que lhe era apresentadas.

Estes mesmos pensadores relacionam o "conhecimento do bem e do mal" com a completa ignorância sobre o que é bem e sobre o que é mal. Mas o fato é que o próprio texto nos deixa uma pista de que Adão (leia-se humanidade) sabia o que era bem e o que era mal. Adão sabia muito bem que comer do fruto era mal, e não comer era bem. Ele conhecia seus limites, sabia que viver no jardim era bem, comer do fruto e desobedecer a vontade de Deus era mal.

Com isso podemos concluir que por mais que desconhecida, a prática do mal lhe fora citada, apresentada, alertada e desaconselhada.

Neste ponto da história vemos o surgimento de 2 grandes conflitos da humanidade: o primeiro, a pré-disposição do ser humano a crer apenas naquilo que vê, e o segundo conflito, que também pode ser considerado uma das consequências do primeiro, é querer tomar o lugar de Deus.

Calma! Vou explicar, porque que eu cheguei nestes dois grandes conflitos da humanidade.

Para explicar, utitlizarei o versículo 6 de Gênesis 3:
6 Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
Parece que esta foi a primeira vez que a humanidade decidiu confiar apenas no que vê. Não sabemos se Deus se apresentava de forma física até então. Penso que não, apesar dos relatos de passeios pelo jardim. Isso não vem muito ao caso, o fato é que a mulher comeu do fruto por ter visto que não fazia mal à serpetente, portanto concluiu que também não lhe faria. Viu também que era agradável e parecia saborosa.

O homem passa, então, a definir o que lhe é cabível a partir do que vê e experimenta, e não mais do que Deus lhe revela. Isso significa que passamos a depositar nossa fé no que é visível, no que é palpável.

O segundo grande conflito está na segunda parte do versículo onde diz que o fruto parecia desejável, para dele se obter discernimento. Caindo na conversa da serpente de que Deus temia que a humanidade comesse do fruto pois teríamos o mesmo conhecimento que Ele.

Neste exato momento, acontece um fenômeno, onde o homem passa a enxergar Deus como sendo pequeno. Não se deu conta que se Ele mesmo criou aquela árvore, por que temeria que comessem do fruto, com o susposto risco de ter "concorrentes" igualmente poderosos?

Até então a vontade de Deus era a realidade do planeta. Quando o homem fazia algo, fazia dentro da vontade divina. No comer do fruto o homem passa a reivindicar autonomia de decisões e também de conceitos. Antes Deus dizia o que era bem e o que era mal, agora o homem passa a dizer mesmo que contrariando a Deus.

Deus dizia - "Comer do fruto é mal", o homem diz - "Não, comer do fruto é bem. Não comê-lo é que seria mal". Deus diz - "Cuide de sua mulher, ela foi feita com sua carne", o homem diz - "Foi ela Deus! Ela que me deu do fruto!". Neste ponto concretizou-se o que a serpente havia dito: "vocês, como Deus serão conhecedores do bem e do mal". Não por sabermos o que é bem e mal, mas porque definiremos a partir da queda o que é bem e o que é mal para nós. Deus nos apresenta sua vontade, nós a negamos e dizemos que nossa vontade é superior. Deus se revela a nós como "Eu sou" e o homem diz: "eu também sou".

Portanto este fator, esta "chave" que foi ativada, este "click", rege o comportamento de toda a humanidade. Nosso planeta está populado de vários "pequenos eus", dizendo o que é certo e o que é errado. O que transformou-se numa tremenda bagunça, pois o que é certo para mim, não é para você ou poder ser parcialmente certo para Fulano e uma grande heresia para Beltrano.

Por isso vivemos numa grande guerra de "eus", e a maneira mais fácil de identificarmos se estamos em pecado hoje em dia, é avaliarmos se nossas atitudes são tomadas pelo nosso "eu", ou se são tomadas como um corpo. Todos os pecados derivam da voz do nosso "pequeno eu", ao passo que a vontade divina manifesta-se sempre numa vida conjunta, comunitária, como um grande organismo vivo formado por toda humanidade.

Espero que dentro de minhas limitações, tanto de organização de idéias, quanto para escrever, eu tenha conseguido me expressar de forma clara.

Deixo um link de um video de um grupo de crianças que entenderam que Deus nos criou para sermos como um único organismo: http://www.youtube.com/watch?v=jYfgXLDCseM

Graça e Paz
Carlos Zillner

* - Mensagem pregada em meados de 2007, é possível que se encontre algum CD na própria Igreja Batista da Água Branca. Não ouvi novamente a mensagem para reproduzi-la, pois, nem era esta a itenção. Como na época ouvi e assimilei de forma profunda o que foi falado, já nem sei mais o que é do Ed e o que veio de minhas próprias reflexões. Mas achei que seria justo comentar o fator que me inspirou a pensar assim.